Institut Pasteur de São Paulo

Sarampo

Sarampo


 

O sarampo é uma doença infecciosa potencialmente grave, viral e altamente contagiosa. O vírus é transmitido de pessoa a pessoa, por via aérea, e provoca febre, tosse, irritação nos olhos, mal estar intenso e manchas vermelhas no corpo. A transmissão pode ocorrer entre quatro dias antes e quatro dias após o aparecimento das manchas. Um indivíduo infectado pode transmitir para 90% das pessoas próximas que não estejam imunes e o único método de prevenção é a vacina. 
 
Causas
 
O sarampo é provocado por um vírus de RNA pertencente ao gênero Morbillivirus, da família Paramyxoviridae. O vírus pode ser transmitido facilmente através de gotículas que são liberadas no ar durante a fala, tosse e espirros.
 
Sintomas
 
Os principais sintomas do sarampo são febre, tosse, irritação nos olhos, nariz entupido e mal estar intenso. Em três a cinco dias, é comum aparecer manchas vermelhas no rosto e atrás das orelhas, que depois se espalham pelo corpo. Um sinal de alerta é quando a febre persiste após o aparecimento das manchas, especialmente em crianças menores de cinco anos. Outras possíveis complicações são pneumonia, infecções de ouvido e encefalite aguda (inflamação no cérebro). Casos mais graves podem levar ao óbito.
 
Epidemiologia
 
O sarampo é uma doença de distribuição universal, com variação sazonal. Em regiões de clima temperado, a incidência do vírus costuma ser maior entre o final do inverno e início da primavera. Já em climas tropicais, a transmissão parece aumentar após épocas chuvosas.
 
O comportamento do vírus varia de um local para o outro, dependendo do grau de imunidade e suscetibilidade da população. Locais com baixa cobertura vacinal tendem a enfrentar epidemias a cada dois ou três anos. No Brasil, o sarampo é uma doença de notificação obrigatória desde 1968. É uma das principais causas de mortalidade entre crianças menores de cinco anos.
 
Prevenção, tratamento e vacinas
 
A única forma de prevenir o sarampo é tomando a vacina, que está disponível na rede pública e privada. De acordo com o Ministério da Saúde, a primeira dose deve ser tomada ao completar um ano de idade e a segunda aos 15 meses. Tomar as duas doses garante imunidade para toda a vida. Adultos até os 29 anos devem tomar as duas doses, caso não tenham tomado na infância; já pessoas acima de 30 anos que nunca tomaram ou não se lembram precisam apenas de uma dose. Não há tratamento específico para a doença, mas podem ser prescritos medicamentos para aliviar os sintomas, como antitérmicos para a febre.